A DOENÇA E A INOCÊNCIA: VITIMIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Paulo Roberto Santos Lopes
O presente capítulo é obra resenhada é um capítulo escrito por Jean Segata, professor do Centro Universitário para o Desenvolvimento do alto Vale do Itajaí, que compõe o livro “Educação Física: Transversalidades” escrita por um grupo de autores. Nele nos traz sobre o Transtorno de Décit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), uma “doença” que atinge cerca de 6% das crianças em idade escolar e, que dentro da escola, são tratados em reuniões pedagógicas entre pais e professores como “problemas escolares”.
No capítulo escrito, trata uma breve reflexão sobre os modos como são empregados de modo que esclarece esses conceitos e como eles podem gerar uma série de ações que podem confundir no âmbito escolar. O trabalho cita uma história de Carlos, uma criança que sofre dessa “doença”. “O TDAH é caracterizado por padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade, que é mais frequente e grave do que é tipicamente observado em indivíduos no nível comparável de desenvolvimento” (AMARAL; GUERREIRO, 2001, p 884).
Os sintomas podem ser identificados nos primeiros anos de vida, mas fica mais evidente aos seis ou sete anos. As crianças podem apresentar dificuldade de aprendizagem. Amaral e Guerreiro (2001) e Holme (2006), relatam que o diagnóstico deve ter participação de várias pessoas, sendo elas os pais, os professores e médicos especializados na área como o neurologista e psiquiatras e também sendo auxiliado por teste médicos. Aliando-se essas pessoas e tendo um acompanhamento psicoterapêutico, pode se adquirir e obtiver um controle da hiperatividade no indivíduo.
Outro problema que se enfrenta, nesses casos, é de que essa “doença do individualismo” consiste em escapar o indivíduo de seus próprios atos, culpando a “doença”. Já com Carlos não diferente, uma vez que conhecia a “doença”, ele procurava por culpa de seus atos nela e que a culpa não seria dele, assim deixando as outras pessoas um pouco constrangidas com o caso dele.
Carlos se comportava de um jeito, que antigamente, era o “pestinha, o “capeta”, o “mau elemento” da classe. Sendo que hoje, é um problema hiperativo detectado cedo e visto pela humanidade como “doença”. O fato era fazer com que Carlos encontrasse seu “verdadeiro eu” enquanto espírito, corpo e mente. Neste caso de Carlos é interessante notar a patologia de sua “rebeldia” que canalizou os conflitos. Enfim, os atos de “rebeldia” foi consequência dos conflitos que ele passava em seu cotidiano, em casa, na escola e em outros lugares que passava. A “doença” foi se agravando por falta de responsabilidade de ambos as partes, então faltou consciência dos professores e familiares que atuavam no cotidiano de Carlos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SEGATA, Jean. “A Doença e a Inocência: Vitimação na Educação Infantil”, In: SEGATA; J; MACHADO, N; NASARIO, J. (orgs). Educação Física: Transversalidades. Rio do Sul: Editora UNIDAVI, 2010 p. 49-65.
Comentários
Postar um comentário