DOPING NO ESPORTE


1. INTRODUÇÃO

Em uma época em que as Ciências do Esporte aportam, cada vez mais decisivamente, elementos para a melhora do desempenho dos praticantes de esportes de alto rendimento, em particular, e de atividades físicas em geral, ganham importância discussões acerca da utilização de novos métodos e substâncias que potencializem funções orgânicas no homem.
Os esteróides (EAA) são sintéticos formados pela testosterona e seus derivados. A testosterona é sintetizada desde 1935 e durante a 2ª Grande Guerra foi utilizada pelas tropas alemãs para aumentar a agressividade dos soldados. Nos anos 50, foi utilizada sob forma oral e injetável no tratamento de alguns tipos de anemia, principalmente usada em doenças como perdas musculares, bem como em pacientes pós-cirúrgicos para diminuir a atrofia muscular secundária. (WADA – World Anti-Doping Agency, 2005).
No Brasil, os esteróides (EAA) são considerados "doping", que é um dialeto africano e refere-se a uma bebida estimulante usada em cerimônias religiosas do mesmo. (WADA – World Anti-Doping Agency, 2005).
No esporte, doping refere-se ao uso de drogas que melhoram o desempenho. Nos vários exemplos de doping podemos citar o doping sanguíneo, que ocorre tanto por transfusão como pelo uso do Hormônio Sintético de Eritropoietina (EPO) que é um hormônio glicoprotéico produzida nos seres humanos pelos rins e fígado (em menor quantidade) que tem como função principal regular a heritropoiese, esse tipo de doping é mais utilizado pelos atletas de endurance, ou seja: atletas de auto nível de resistência muscular. (WADA – World Anti-Doping Agency, 2005).
            Também é considerado doping a utilização de substâncias que engana outras formas de doping. De acordo com a definição de 2004 da World Anti-Doping Agency (WADA, 2005), doping genético é o uso não terapêutico de células, genes e elementos gênicos, ou a modulação da expressão gênica, chamado de Bloqueadores da miostatina, é uma proteína expressa na musculatura esquelética tanto no período embrionário quanto na idade adulta, Sua ação consiste em regular a proliferação dos mioblastos durante o período embrionário e a síntese protéica na musculatura esquelética durante e após o período embrionário. Acredita-se que o bloqueio da sinalização da miostatina seja um dos candidatos de maior potencial de abuso no esporte, já que o ganho de massa muscular pode ser decisivo em diversas modalidades esportivas.
A falta de controle sobre a expressão do gene inserido pode, de forma semelhante, representar um risco da terapia. Os riscos específicos de cada gene são menos do que os riscos gerais, à técnica de transferência genética, especialmente se considerarmos que os testes clínicos serão realizados na maioria das vezes em pessoas doentes com deficiência no gene testado. (WADA – World Anti-Doping Agency, 2005).
O Conselho Federal de Entorpecentes (CONFEN) propôs que os esteróides (EAA) sejam avaliados pelo Ministério da Saúde para posterior medidas por parte das autoridades quanto ao controle mais rígido da comercialização e importação dos produtos farmacêuticos que os contém. Também foi proposto que o Ministério Extraordinário dos Esportes promova campanha nacional de esclarecimento das conseqüências do uso e abuso dos esteróides (EAA) e a realização de exames antidoping nas competições nacionais. (WADA – World Anti-Doping Agency, 2005).
Em nosso meio, no Serviço de Informação de Substâncias Psicoativas (SISP), o número de solicitação de informações sobre os esteróides (EAA) vem crescendo gradativamente, pois o uso indevido tem sido encontrado com muito fácil acesso por freqüentadores de academias e atletas de halterofilismo, na tentativa de melhorar a aparência, ou com o fim de melhorar a performance sexual ou para a diversão. No entanto, o uso abusivo pode ocasionar efeitos colaterais graves, os quais são desconhecidos por muitos usuários. Este trabalho tem como objetivo contribuir para divulgar informações sobre tais substâncias. (WADA – World Anti-Doping Agency, 2005).

2. DEFINIÇÃO DE DOPING
Mais importante do que se ater a eventuais divergências entre cada uma das definições de dopingi é perceber que em todas estão presentes elementos comuns que se interrelacionam: a intenção deliberada de melhorar o desempenho esportivo em detrimento da ética esportiva. O prejuízo, ainda que meramente potencial, à saúde dos atletas, não é elemento constitutivo do “doping”, mas sua eventual decorrência. Com efeito, não se faz uso de doping com a intenção de causar um dano à saúde. Logo o aspecto de proteção à saúde dos atletas é um dos elementos centrais da investida “antidoping”. Assim, o doping pode ser compreendido como a (utilização de) substância ou método que possa melhorar o desempenho esportivo e atente contra a ética esportiva em determinado tempo e lugar, com ou sem prejuízo à saúde do esportista. A solução 3
para o problema do doping no Movimento Olímpico, se existe uma, deve passar necessariamente pela releitura dos valores abrigados pela Carta Olímpica, como se verá adiante.
Evitando eventuais lacunas na interpretação das diversas definições existentes, a Agência Mundial Antidoping definiu doping como sendo “a ocorrência de uma ou mais violações das regras antidoping, tais como enunciadas nos artigos 2.1 a 2.8 do Código” (WADA/AMA, 2003, artigo 1). Conquanto esta definição seja útil do ponto de vista do enquadramento de um caso concreto, por ser remissiva ela não contribui para a tarefa de justificar a utilização das tecnologias biomolecurares para fins não terapêuticos, como o doping.
Com efeito, são oito as possibilidades de violação das regras no atual sistema antidoping da AMA, quais sejam (WADA/AMA, artigo 2.1 a 2.8):
1.      “a presença de uma substância proibida, de seus metabólitos ou seus marcadores em uma amostra corpórea do desportista”;
2.      “uso ou tentativa de uso de uma substância ou método proibidos”;
3.      “não-comparecimento, sem justificação válida, a uma coleta de amostras”;
4.      “não-fornecimento de informações exigidas sobre sua localização para efeitos de controles fora-de-competição ou o não comparecimento a um deles”;
5.      “a adulteração ou a tentativa de adulteração de qualquer elemento em qualquer fase do Controle Antidoping”;
6.      “o porte de substâncias ou métodos proibidos”;
7.      “o tráfico de substâncias e métodos dopantes” e
8.      “a administração ou tentativa de administração, o encorajamento, a incitação, a instigação a assistência ou de qualquer modo a ajuda ou a dissimulação da administração de substância ou método proibidos a qualquer desportista, ou a prática de qualquer outra forma de cumplicidade que implique em violação ou tentativa de violação de qualquer regra antidoping”.

Assim, das possibilidades acima enumeradas, o recurso às tecnologias biomeleculares subsumir-se-ia à hipótese do item 2 (uso ou tentativa de uso de uma substância ou método proibidos), uma vez que a “utilização para fins não terapêuticos de células, genes, elementos genéticos, ou de modulação da expressão genética, que tenham a capacidade de melhorar o desempenho esportivo é proibida”, conforme preconiza a WADA desde 2003.

3. BASES FARMACOLÓGICAS PARA O USO CORRETO

As gonadotrofinas hipofisárias luteinizantes (LH) e folículo estimulante (FSH) regulam o crescimento testicular, a espermatogênese e a esteroidogênese. O LH aumenta a síntese de AMP cíclico nas células intersticiais do testículo, o que aumenta a conversão de colesterol para estrógenos. O FSH promove a espermatogênese e aumenta a atividade da LH, aumentando a síntese de testosterona. Os andrógenos secretados pelas células intersticiais atingem os túbulos seminíferos e a circulação, virilizando o indivíduo. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS, 1999).
Nos mamíferos, a secreção de testosterona é pulsátil e regulada por retroalimentação negativa. Quando há deficiência de testosterona, ocorre estímulo do hipotálamo que, através da secreção de hormônio liberador de gonadotrofinas, estimula a glândula pituitária a liberar LH e FSH, aumentando a síntese de testosterona. O excesso de testosterona suprime a secreção de ambas gonadotrofinas, diminuindo a produção endógena do hormônio e da espermatogênese e levando a atrofia testicular. Outros estímulos também podem interferir neste ciclo. Há aumento significativo da testosterona plasmática após períodos de estresse agudo como em competições, no entanto, este aumento não traz implicações para os testes de urina antidoping. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS, 1999).
A testosterona não é sustância ativa; na circulação age como pró-hormônio na formação de duas classes de esteróides: andrógenos 5-a - reduzidos (dihidrotestosterona), que são mediadores intracelulares da maioria das ações androgênicas, e estrógenos (estradiol), que potencializam alguns efeitos androgênicos, enquanto bloqueiam outros. A testosterona é convertida em vários outros metabólitos ativos como estradiol, androsterona, 3-a-hidroxi-5-b-androsta-17-ona e androstenediona. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS, 1999).
As substâncias ativas, inclusive metabólitos reduzidos (5-a-redutase) atravessam a membrana celular e ligam-se com alta especificidade e baixa afinidade a receptores citoplasmáticos para esteróides. A complexa droga-receptor é translocado para o núcleo e liga-se à cromatina, induzindo a transcrição do RNA e a produção de proteínas específicas e ocasionando seus efeitos. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS, 1999).
Todos os esteróides anabolizantes sintéticos e semi-sintéticos comercializados são derivados da testosterona. Estas substâncias são produzidas por indústrias farmacêuticas no hemisfério norte. Também existem laboratórios ilegais e que suprem o "mercado negro". (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS, 1999).
Para fins de doping, os EAA são geralmente usados por via oral ou parenteral. No entanto, estão descritas diversas tentativas de uso clínico e de abuso com as mais variadas formas de administração destas drogas: via retal, implante de cápsulas, nasal, transdérmica para suplantar o metabolismo de primeira passagem no fígado. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS, 1999).
Para minimizar ou excluir o metabolismo hepático, a própria indústria farmacêutica também estudou modificações na estrutura molecular dos compostos, originando três grupos de derivados: A) ésteres do grupo 17- b- hidroxil; B) a alquilados na posição 17-a; C) com o anel esteróide alterado. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS, 1999).
A alquilação e a alteração do anel esteróide são usadas preferencialmente nas preparações via oral (etinilestradiol, fluoximeterona, metandrostenolona, oximetolona, metiltestosterona, stanozolol). A alquilação na posição 17-a retarda marcadamente a metabolização hepática, aumentando a efetividade oral. Estes derivados têm boa absorção gástrica, sendo excretados rapidamente devido a sua meia-vida curta, sendo altamente potentes, porém mais tóxicos ao fígado do que os injetáveis. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS, 1999).
A esterificação é útil nas preparações parenterais (ciprionato ou propionato de testosterona, nandrolona). A esterificação do grupo 17-b-hidroxil com ácidos carboxílicos diminui a polaridade da molécula tornando-a mais solúvel nos veículos lipídicos para preparações injetáveis de liberação lenta do esteróide na circulação e, ocasionam menor toxicidade hepática que os orais, além de terem menor potência. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS, 1999).
Mas, quanto maior a cadeia carbônica do éster, mais lipossolúvel se torna o esteróide e mais prolongada sua ação. Os ésteres 17-b-hidroxilados da testosterona que têm mais longa duração de ação, como o enantato e o cipionato de testosterona, são as preparações mais efetivas, seguras e práticas disponíveis para o tratamento da deficiência de testosterona. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS, 1999).
Nem todos os produtos citados estão sendo comercializados legalmente no Brasil, podendo-se encontrar preparações contendo ciprionato, decanoato, undecanoato ou propionato de testosterona, nandrolona, metiltestosterona e oximetolona, por exemplo. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS, 1999).
As diferenças farmacocinéticas também são de importância em relação aos testes antidoping. Um terço de todas as substâncias banidas detectadas nos testes antidoping de instituições credenciadas junto ao Comitê Olímpico Internacional no início dos anos 90 era constituído de EAA. A testosterona, nandrolona metandienona, stanozolol e a metenolona foram às sustâncias mais frequentemente detectadas deste grupo, em ordem decrescente. Os grupos de atletas olímpicos onde o abuso de EAA foi mais detectado foram os que fazem musculação e em levantadores de peso ou arremessadores de peso. Por outro lado, é clamado que em outras situações com menos controle legal, há maior uso com fins recreacionais ou em musculação. Estes testes são feitos em urina. Os EAA injetáveis, mais lentamente absorvidos e excretados, são mais facilmente detectáveis e por período de tempo mais longo após o uso em testes antidoping. Estas preparações podem ser identificadas até um mês após a descontinuação, enquanto que a dose oral permanece identificável por quatorze dias. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS,1999).

4. INDICAÇÕES DE USO E FORMAS DE ABUSO

Os EAA são utilizados primariamente em indivíduos do sexo masculino, com deficiência androgenia para o desenvolvimento e manutenção das características secundárias masculinas, em crianças com retardo de puberdade e adultos com insuficiência testicular. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS,1999).
 Quando há necessidade de reposição androgenia, as preparações parenterais (IM) são as mais efetivas. Também podem ser utilizados sob forma de filmes de testosterona aplicados sobre a pele do escroto, permitindo a manutenção da concentração plasmática em níveis normais. Devido a seu maior risco, menor eficácia clínica e maior preço, os EAA orais (derivados 17-a - alquilados) não devem ser usados para tratamento da deficiência de androgênios, devendo-se preferir os derivados de ésteres de testosterona exceto no tratamento do angioedema hereditário em que os andrógenos orais são indicados. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS,1999).
Os EAA aumentam a eritropoiese, podendo ser utilizados no tratamento de anemias refratárias. Esse efeito é compartilhado por todos os androgênios ativos. São utilizados no tratamento da anemia por falência de medula óssea, mielofibrose, insuficiência renal e anemia aplástica. Os EAA também são úteis no tratamento de certos cânceres como o de mama, em mulheres, e em outras condições ginecológicas como a endometriose e no tratamento da osteoporose. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS,1999).
Os EAA podem ser úteis no tratamento da insuficiência renal aguda, por causarem diminuição da produção de uréia, com a conseqüente diminuição das diálises necessárias em alguns pacientes. Contudo, seu uso em longo prazo não demonstrou benefícios em estados catabólicos quanto a promoção de anabolismo em trauma grave e depleção protéica associada à doenças crônicas. Por outro lado, são contra-indicações ao uso de EAA: homens portadores de cânceres sensíveis (dependentes) a andrógenos, como o câncer prostático e o câncer de mama e em mulheres gestantes, uma vez que estes fármacos cruzam a placenta e podem causar masculinização em fetos femininos. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS,1999).
Muitas maneiras são utilizadas para evitar ser pego no antidoping. Quando o mesmo atleta usa mais de uma substância, usando uma injetável e outra oral (pirâmide), com doses baixas aumentando o valor inicial com um retorno ao numero de doses iniciais, ciclos que levam de seis a dose semanas com uma pausa de três a quatro semanas, e retornando, porém antes de alguma competição o mesmo deve parar, ou mesmo uma mista que leva uma variável de esquemas destes citados a cima. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS,1999).
O uso de EAA pode trazer problemas quando usado com outros medicamentos, atletas usam substâncias com hormônio para ajudar a combater efeitos colaterais ou aumentar o efeito dos anabolizantes. Aumento de massa muscular, retenção do nitrogênio, diminuição de gordura no corpo são efeitos produzidos pelos anabolizantes, proporcionando reserva de nitrogênio, desenvolvendo crescimento e aumento da massa muscular. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS,1999).
            Seria importante atletas terem uma dieta abundante em proteínas e calorias para alcançar e melhorar o efeito do  anabolizante. Existem questões em que se relevam ao aumento da força física com o uso do andrógeno. Estudos indicam que o uso do EAA aumenta a força muscular transversalmente por conseqüência psicológica. Porem o correto seria que o atleta praticasse exercícios exclusivos para o aumento de sua força e massa muscular. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS,1999).
            Alguns efeitos no uso do andrógeno são facilmente visíveis, no homem aumento do pênis, da libido, pelos faciais, voz mais grave, acne comum nos usuários. Já nas mulheres irreversível aumento do clitóris e modificação da voz com tom mais grave. Alem desses efeitos acima citados lesões nos músculos são muito freqüentes, pois o aumento da força muscular diminui a elasticidade dos tendões, podendo levar a rupturas e distensões. Também é muito comum causar perturbações no humor irritabilidade ou agressões. Pesquisas mostram que usuários têm maior agressividade e menor cooperatividade que não usuários. (M.L.Z. LISE; T.S. DA GAMA E SILVA; M. FERIGOLO; H.M.T. BARROS,1999).

5. CASOS DE ATLETAS BRASILEIROS NO DOPING

            Em 2002, o jogador de vôlei, Giba, usou maconha e ficou suspenso por oito partidas pela Federação Italiana de Vôlei. Em 2003, Maureen Maggi foi suspensa do Pan-Americano de Santo Domingo, a saltadora usou um creme que continha uma das substâncias proibidas. Em 2007, Rebeca Gusmão, foi flagrada nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e foi suspensa por dois anos.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os potenciais riscos de altas doses de EAA ultrapassam os benefícios para o desempenho atlético, e o seu uso deve ser trabalhado de uma forma mais explicita sobre o assunto, sugerindo que esses atletas usuários de EAA participam de atividades esportivas, menos prazerosas ao uso de EAA, como exemplo academia, atletismo entre outras.
Esses atletas muitas vezes são pressionados por maior desempenho para agradar seus países, treinadores, em fim, não fazendo o esporte por prazer. Essa pressão pode levar os atletas esquecerem da forma de competição em que o esporte nos proporciona. Por isso o interesse de impedir o uso de EAA, mas não apenas em atletas mais em todos os lugares onde possa haver o risco, em escolas, treinos, etc.
Essas drogas ainda são divulgadas como uma opção para se chegar ao topo do esporte, pelo meio esportivo. Informações corretas são necessárias para educar todos a não usar essas drogas, prevenir ao mal que ela proporciona á atletas e não-atletas.
A pressão intensa que esses indivíduos estão submetidos pode, inconscientemente, encorajar atletas adolescentes a assumirem um comportamento mais competitivo.
 Pois é fato saber que ao iniciar uma atividade física na adolescência, o adolescente sempre irá buscar um atleta como referencia para se espelhar no seu dia a dia.
E inocentemente de como esse atleta assumiu tal performance de seu corpo o adolescente passará a fazer  de tudo para se tornar igual o atleta de sua escolha.
Sendo assim, as oportunidades de conhecer as substâncias na qual levara esse jovem ao seu resultado esperado, mais rapidamente.
Hoje é fato, que atualmente, as informações erradas ainda se sobressaem sobre as informações farmacológicas corretas nos círculos esportivos. É necessária informação, educação e divulgação das implicações do uso insdicriminado e não-terapêutico destas drogas para melhorar a habilidade de lidá-la com os problemas técnicos e de saúde associados ao uso destas por atletas e não-atletas.
O doping no esporte é considerado um uso de vantagem ao indivíduo aonde o esporte deve ser praticado com todo o desempenho de seus participantes sempre ultrapassando seus limites.

REFERÊNCIAS

M.L.Z. Lise; T.S. da Gama e Silva; M. Ferigolo; H.M.T. Barros. O abuso de esteróides anabólico-androgênicos em atletismo. Revista da Associação Médica Brasileira. 1999. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010442301999000400014&lang=pt. Acesso em: 10/06/2011.

 

WORLD ANTI-DOPING AGENCY (WADA). The 2005 Prohibited List: International
Standards. On line. Disponível em: . Acesso em: 10/05/2010.

ZIMMERS T.A., DAVIES M.V., KONIARIS L.G., HAYNES P., ESQUELA A.F., TOMKINSON K.N., MCPHERRON A.C., WOLFMAN N.M., LEE S.-J. Induction of cachexia in mice by systemically administered myostatin. Science 296: 1486-1488, 2002.

Comentários

Postagens mais visitadas